O que é uma VPN e por que você precisa dela?

Nos últimos meses, escutou-se falar muito sobre Virtual Private Networks – VPN, sigla para “Redes Virtuais Privadas”. A tecnologia já está presente em roteadores domésticos – alguns deles até empregam

Nos últimos meses, escutou-se falar muito sobre Virtual Private Networks – VPN, sigla para “Redes Virtuais Privadas”. A tecnologia já está presente em roteadores domésticos – alguns deles até empregam criptografia acelerada por hardware. Então, por que você precisa dessa tecnologia?

O que é VPN?
Infelizmente, não existe uma definição direta de VPN – nem em manuais. O que é claro é: VPN significa Virtual Private Network. Compacto, não é? Fica evidente o significado da palavra “rede” nesse caso.

“Privado” também é bem direto: “não público”. Em outras palavras, essa seletividade de rede aceita apenas alguns pontos de conexão (nós) com uma certa permissão.

Primeiro, todos que acessam uma rede privada e as informações trocadas precisam ser identificados, então, usuários e dados permitidos na rede privada poderiam se distinguir aos de invasores. Segundo, é crucial esconder essa informação por meio de criptografia.

Terceiro, existe uma necessidade de manter a integridade dessa conexão privada, o que significa que nenhum desconhecido é permitido. As mensagens devem vir apenas de fontes confiáveis, e a informação não deve vazar em texto, ou de lugar nenhum. Basicamente, é tudo sobre privacidade – exatamente como festas privadas dos ricos e famosos. É como se todo mundo já tivesse ouvido falar, mas ninguém sabe o que ocorre lá de fato.

Já o termo “Virtual” é fácil. Isso significa que a rede é abstrata do substrato físico (a rede não se importa quantos canais são empregados, já que funciona de forma transparente e integral para todos que tem acesso). Por outro lado, na maioria dos casos a rede virtual não pertence ao dono da física.

Por exemplo, uma empresa – que se preocupa de verdade com segurança – demandaria que os notebooks ou celulares que se conectem com qualquer rede -com ou sem fio- usassem a rede corporativa exclusivamente por meio VPN. Não importa como a conexão se estabelece – na maioria dos casos, empregará conexões públicas que nem pertencem a companhia. Tal conexão é chamada de “túnel” – e lembre-se disso, esse termo será usado várias vezes mais a frente.

Por que precisamos de VPN?
O exemplo mencionado anteriormente de um notebook remoto conectado à rede corporativa é um dos cenários mais comuns do uso do VPN na prática. O usuário se sente em casa (ou, de maneira mais precisa, se sente no trabalho quando está em casa, de férias ou em uma viagem de negócios) e pode acessar dados corporativos e serviços.

Além disso, em empresas conscientes a respeito de segurança, o VPN é habilitado em todos os dispositivos usados por funcionários. Até acesso à internet é implementado por meio da rede corporativa, altamente monitorada pelo time de segurança.

O segundo cenário mais comum é similar ao já apresentado, mas nesse caso não são usuários individuais que se conectam à rede coorporativa, mas todos os escritórios e prédio da filial. O objetivo é o mesmo: incorporar localizações remotas e distribuídas em uma única organização conectada.

Alguém pode usar o VPN para organizar redes corporativas: de empresas globais até food-trucks por toda a cidade. O VPN pode interconectar câmeras de vigilância simples, sistemas de alarme e coisa do gênero. Com VPN sendo tão prático (já que não há necessidade da existência de cabos conectando as localidades), redes virtuais privadas podem funcionar dentro de uma empresa, apenas pela separação de sistemas entre departamentos.

VPNs são frequentemente usadas para conectar servidores e clusters de computadores para melhorar disponibilidade e redundância. A popularidade da tecnologia está ligada a proliferação da rede em nuvem. Todas as soluções mencionadas anteriormente não são temporárias: essas VPNs são usualmente mantidas ao longo de anos.

O conceito oposto da conexão permanente VPN são conexões baseadas em sessões. São frequentemente usadas para garantir acesso a vários serviços com processos financeiros sensíveis, auxílio saúde e dados legais.

Outro exemplo de cenário prático. Nas nossas dicas para proteger dispositivos Android e iOS, recomendamos o uso de uma conexão segura de VPN, em um nó confiável (seu roteador doméstico de um provedor VPN) ao se conectar com uma qualquer rede pública – seu tráfego está seguro de interceptações potenciais.

Finalmente, mais um cenário prático do uso do VPN é evitar certas limitações – como garantir acesso a recursos da web que são restritos ao território do usuário. De acordo com um relatório da GlobalWebIndex, só em 2014 mais de 166 milhões de pessoas usaram VPN para acessar redes sociais.

Conclusão
É óbvio que VPN é útil. Também precisamos analisar implementações de VPN populares – mas isso é uma história diferente sobre a qual conversaremos ao longo do tempo.

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